No artigo desta semana, no blog da Monitora trataremos a respeito de testes em dispositivos móveis, tema que tem sido cada vez mais discutido.
Como dispositivos móveis tomaram conta do mercado e em consequência aumentou-se a demanda por aplicativos de qualidade, criou-se a necessidade de cada vez mais precisarmos de atividades de testes em aplicativos mobile.
Tais atividades de teste apresentam diferenças em relação aos testes em aplicativos desktop ou web, visto que a vasta variedade de dispositivos móveis e plataformas operacionais não facilitam padronizações no ambiente de testes automatizados.
Imagine a imensa quantidade de tamanhos diferentes de tela e os diversos sistemas operacionais juntamente com suas diversas versões.
Teste de software para dispositivos móveis consiste em um processo pelo qual o aplicativo é analisado com a finalidade de validar suas funcionalidades, usabilidade e consistência. Comumente ele é dividido em dois tipos.
O primeiro é o teste de hardware, o qual leva em consideração o processador, tamanho da tela, resolução, memória disponível, câmera, conexões de internet etc.
Já o segundo é o teste da aplicação, o qual valida suas funcionalidades de acordo com os requisitos especificados.
Além disso, outra variável deve ser considerada no momento de planejar a atividade de teste e projetar os casos de teste: o tipo do aplicativo. Atualmente, devemos considerar que existem:
● Aplicativos nativos: desenvolvidos especificamente para determinada plataforma móvel, como Android, Windows Phone, Blackberry e IOS.
● Aplicativos web móveis: que na verdade, não são aplicativos reais, mas sim sites desenvolvidos para serem acessados exclusivamente pelo navegador do aparelho.
● Aplicativos híbridos: desenvolvidos com as mesmas tecnologias dos aplicativos web móveis mas que são disponibilizados nas lojas de aplicativo e, como os aplicativos nativos, podem utilizar as funcionalidades do sistema operacional da plataforma móvel.
Dentre os desafios encontrados nesta área de testes, destacamos os mais relevantes, que valem a pena serem levados em conta na hora de testá-los!
1) Diversidade de interfaces
Como já foi dito anteriormente, existem no mercado diversos aparelhos com diferentes tamanhos de tela. Com isso, precisa-se garantir que o aplicativo deva funcionar e permitir o bom uso de suas funcionalidades em diferentes tamanhos e resoluções de tela. Na Monitora, sempre que ocorrem alterações no layout, a equipe de testes precisa conduzir o teste de regressão em todos os aparelhos nos quais o aplicativo pode ser utilizado. Também é importante para a equipe de teste lembrar de garantir a orientação da tela quando o app permitir tanto o modo retrato quanto o paisagem.
2) Compatibilidade
A necessidade de funcionamento na vasta gama de dispositivos muitas vezes acaba priorizando apenas os testes para os sistemas operacionais mais usuais e suas versões mais recentes, principalmente quando falamos de aplicativos web móveis.
Por exemplo, um aplicativo que deva funcionar na plataforma Android, tem que ser testado nos diversos dispositivos (Sony, LG, Motorola,…) e nas diversas versões (4.0, 4.1, 5.0, 5.1,…). Obviamente, a própria documentação do software deve definir quais as versões do sistema operacional suportam o funcionamento do aplicativo, mas com a rapidez na mudança das versões e dependendo do número de dispositivos que o usuário do software já possui em produção, a atividade de teste deve se certificar que isso é levado em consideração.
Na Monitora, estamos em constante conversa com o cliente para entender o real cenário do sistema em ambiente de produção para podermos testá-lo conforme as melhores práticas.
3) Sincronização
A necessidade de consistência de dados com o servidor acarreta uma série de testes que necessita acessar os arquivos de log e cache em celulares e como isso não é uma tarefa tão simples, dificulta os testes de sincronização entre o servidor e o aplicativo móvel.
Contudo, aqui na Monitora utilizamos features que facilitam o envio destas logs para o servidor ou por email, facilitando os testes.
4) Desempenho
Na criação de aplicativos é preciso testar a sua performance para verificar a resposta do servidor, pois problemas podem ocorrer tanto do lado do aplicativo quanto do servidor.
É importantíssimo levar em consideração o tipo de conexão com a internet pois este fato pode acarretar consumo excessivo de bateria.
E também verificar a ocorrência de “crash”, caso ocorra baixo desempenho da aplicação pelo consumo excessivo de memória e, por fim, levar em conta os diferentes hardwares que podem ficar obsoletos e se tornam prejudiciais para o bom funcionamento de aplicativos modernos.
5) Dificuldade em automatizar
Com a competitividade, existe a necessidade de liberação de software mais rapidamente no mercado. Os aplicativos móveis vêm se tornando mais robustos e mais dependentes de novas tecnologias, fazendo com que os testes fiquem mais complexos e a automação de teste não supra todas as necessidades de teste para esses aplicativos.
Juntamente a isso, a quantidade de ferramentas boas é pouca e o custo é alto, o que faz com que o testador recorra a testes manuais e repetitivos, fato que leva muito tempo para a escolha de ferramentas e implantação do ambiente de automação de testes.
Para dificultar um pouco mais, faltam pessoas especializadas em automação de testes. Na Monitora nós temos um time de desenvolvimento de casos de teste (automatização) e estamos constantemente em busca de bons automatizadores.
Além disso, com frequência desenvolvemos atividades na Monitora University que promovem o aprendizado profissional e a construção das competências para profissionais que desejam trabalhar na área de testes.
Referências
Beginner’s Guide to Mobile Application Testing. Disponível em: <http://www.softwaretestinghelp.com/beginners-guide-to-mobile-application-testing/> Acesso em: fevereiro de 2016.
Agile Practices for Mobile Testing. Disponível em:
<http://scrumrio.com/wp-content/uploads/2014/09/Agile-Mobile-Testing.pdf> Acesso em: fevereiro de 2016.
