A especificação de requisitos de software é a etapa do desenvolvimento que determina o sucesso de um software. É o que define os objetivos e funções que um software precisa executar, bem como as que ele não pode ter (restrições).
Ela faz parte de um processo que possui quatro fases:
- Estudo de viabilidade do software;
- Verificação da exigência;
- Especificação dos requisitos de software;
- Validação dos requisitos de software.
A importância da especificação de requisitos de software
A etapa de especificação de requisitos de software exige a descrição do passo a passo do que irá ocorrer a cada ação do usuário. Dessa forma, o desenvolvimento será mais assertivo e o resultado estará alinhado com as expectativas do cliente.
Uma falha nos requisitos básicos do software pode colocar o processo todo a perder e gerar problemas como:
- Difícil usabilidade;
- Erros na execução;
- Desorganização;
- Requisitos desnecessários;
- Falta de funções importantes;
- Perda de tempo no desenvolvimento.
Toda essa situação pode gerar frustração por parte do cliente e dos desenvolvedores. É possível que o orçamento tenha que ser revisto e o prazo de entrega fique prejudicado. Sendo assim, quanto mais coesa e clara for a especificação de requisitos de software, melhor para o sucesso desse sistema!
O que são requisitos de software?
Antes de falar sobre a especificação de requisitos de software, precisamos entender o que são os requisitos de software. De forma resumida, os requisitos são as exigências, recursos, objetivos e utilidades que um sistema precisa cumprir, de acordo com as necessidades da empresa e dos usuários.
Ao satisfazer tais expectativas, você garante que o sistema seja funcional e confiável, bem como apresente um bom desempenho.
Levantamento e documentação de requisitos
A especificação de requisitos de software geralmente acontece com a elaboração de um documento pelo analista de sistemas. O profissional verifica junto ao cliente e demais interessados quais são as funções necessárias no software. Esta etapa é chamada de levantamento de requisitos pode ser feita através de:
- Reuniões;
- Entrevistas;
- Workshops;
- Relatórios;
- Prototipagem;
- Questionários;
- Brainstorming.
Essa tarefa é realizada a partir de um método chamado VORD, sigla em inglês para de Definição de Requisitos Orientada a Ponto de Vista (Viewpoint-Oriented Requirements Definition).
Com essas informações, o analista registra estes requisitos em uma linguagem técnica em uma documentação de requisitos. Em seguida, ele encaminha este documento para que a equipe de desenvolvimento de software possa dar continuidade ao processo.
Durante a construção, é possível que o programador, arquiteto e analista contribuam com propostas, soluções e sugestões de melhorias.
Seguindo este protocolo, você consegue compreender as expectativas e objetivos do cliente em relação a este sistema e otimiza o tempo, tanto da empresa, quanto da sua equipe. Isso porque, a especificação de requisitos de software torna tudo mais claro para ambas as partes e torna o processo de desenvolvimento mais assertivo.
Classificação dos requisitos de software
Para que a especificação de requisitos de software seja documentada de maneira correta, é preciso ficar atento à classificação dos mesmos. Isso é importante para não perder o foco durante o processo.
As prioridades de cada uma dessas classificações dependem da empresa, da plataforma e do tipo de dispositivo no qual o software será utilizado. Por exemplo, um aplicativo de smartphone tem prioridades diferentes de um sistema web. Os requisitos podem ser divididos entre Funcionais e Não-Funcionais.
Requisitos Funcionais
Estão relacionados às funcionalidades que o software deve ter para atender as necessidades da empresa e dos usuários. Também se enquadram aqui a maneira como o software responderá a determinadas ações executadas dentro do programa. Alguns exemplos poderiam ser:
- Divisões de usuários que lhes oferecem diferentes permissões;
- Acesso a históricos de dados e informações pelo usuário;
- Inclusão de funções que podem agilizar processos da empresa;
- Possibilidade de inclusão ou inclusão de informações;
- Opção de compartilhamento e trocas de informações entre os usuários.
Estes requisitos funcionais precisam obedecer às regras administrativas da empresa. Tudo para não prejudicar os procedimentos dos usuários e ao mesmo tempo proteger os dados e informações, muitas vezes sigilosos.
Requisitos Não-Funcionais
Ao contrário dos funcionais, que precisam ser determinados para o bom desempenho do sistema, os requisitos não-funcionais são intrínsecos ou implícitos. Eles fazem parte da característica central do software e já é esperado que existam, antes de o cliente pedir. Alguns exemplos são:
- Aspectos de segurança do software;
- Prevenção de falhas e erros no sistema;
- Armazenamento;
- Acessibilidade;
- Existência de ambiente de segurança;
- Usabilidade;
- Necessidade de login;
- Salvamento de informações;
- Velocidade;
- Confiabilidade.
Os requisitos não-funcionais são determinados por algumas limitações do software, como espaço, linguagens a serem utilizadas, sistema operacional, entre outros. Por conta de tais propriedades, os requisitos não-funcionais são métricas mensuráveis.
Para a especificação de requisitos de software, os requisitos não-funcionais ainda podem ser classificados em:
- Requisitos de Produto: ligados à velocidade, usabilidade e confiabilidade, ou seja, como o sistema deve se comportar;
- Requisitos Organizacionais: relacionam-se com a entrega, os padrões e políticas da empresa e implementação;
- Requisitos Externos: referem-se à ética, segurança, privacidade e requisitos legais.
Os requisitos de software são essenciais tanto para estimar os custos do projeto, quanto para determinar os prazos de desenvolvimento, modelagem e prototipagem. Além disso, são fundamentais para estabelecer testes e necessidade de manutenções.
Sendo assim, estes requisitos se tornam também fundamentais para determinar o ciclo de vida do software. Vamos a este assunto agora:
Especificação de requisitos de software e ciclo de vida
Os requisitos de software devem ser considerados não apenas no início do projeto, mas também ao longo do seu desenvolvimento, ou seja, do seu ciclo de vida.
Existem algumas etapas do processo de desenvolvimento em que os requisitos são fundamentais. Eles precisam ser utilizados de maneira massiva para as seguintes ações:
- Estabelecer com o cliente critérios de aceitação e validação;
- Determinar o que o sistema deve, necessariamente, executar;
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- Estimar custos, esforços e prazos;
- Definir um cronograma de execução;
- Designar tarefas para todo o time de desenvolvedores;
- Acompanhar o desenvolvimento;
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- Controlar o andamento do projeto;
- Testar o sistema durante todo o processo;
- Realizar análise de impacto para gerenciar possíveis mudanças.
Assertividade e otimização
Como vimos, a especificação de requisitos de software é fundamental para o bom desempenho do sistema. Além disso, a análise de requisitos também é outra atividade que contribui para esse cenário de otimização e assertividade.
O alinhamento entre o time de desenvolvedores, o cliente e os usuários é apenas um dos benefícios. A análise dos requisitos também auxiliará nas estimativas de prazo e de custo do projeto.
A Monitora possui um serviço especializado em engenharia de requisitos, a fim de garantir a qualidade do software e maior produtividade no desenvolvimento, operação e manutenção.
Para prestar esse apoio com expertise, é necessário ter profissionais qualificados. Dessa forma, a equipe saberá prever e lidar com os detalhes e especificações do seu projeto.
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