Anote esse nome: blockchain. Talvez você já tenha ouvido falar sobre o assunto, mas ainda não entendeu muito bem do que se trata. Talvez você nunca tenha ouvido falar e, de cara, pense que é mais um nome ‘importado’ para se referir a uma dessas ‘coisas’ tecnológicas e futuristas, cercadas de nebulosidade.
Seja qual for a situação, ao término da leitura deste post você terá algumas certezas:
1 – Blockchain é uma tecnologia disruptiva, que promete revolucionar o futuro de diversas áreas, sim. Porém mais do que isso, já está promovendo grandes mudanças no presente.
2 – Você pode até não ter clareza agora de todo seu potencial, afinal, é tanta tecnologia e inovação que fica mesmo difícil acompanhar. Mas em breve a blockchain estará tão incorporada em nossa vida e em nossas atividades que será impossível imaginar a vida sem ela, assim como hoje não imaginamos a vida sem celulares e computadores.
3 – Se você é uma pessoa proprietária ou responsável pela gestão de uma empresa, precisa buscar no hoje oportunidades de explorar as possibilidades que a blockchain oferece. Do contrário, corre o risco de ficar no passado.
Continue a leitura e saiba tudo sobre blockchain: o que é, como funciona, qual é a relação com as criptomoedas e ainda quais são as possibilidades de aplicação no mundo dos negócios.
O que é blockchain?
De maneira simplificada, blockchain é uma corrente de blocos, como sugere a tradução literal. Na prática, esses blocos funcionam como vagões de trem, que carregam informações. Cada vez que um vagão é preenchido com dados, ele recebe uma espécie de nomenclatura, formada por um código complexo de caracteres.
Depois de validado, este vagão é liberado para se juntar a outros vagões também cheios. Neste processo ele passa a incorporar ao seu código o código do vagão anterior – formando uma corrente.
Assim, quem quiser acessar as informações deste vagão precisa saber exatamente qual é a mistura de códigos que o compõem. Esse critério é o que faz do blockchain referência em segurança e rastreabilidade de dados.
Uma parte importante nesta explicação é que o blockchain é uma tecnologia descentralizada porque permite que qualquer pessoa, de qualquer lugar do mundo, faça essa validação e libere um vagão para se juntar a outro – desde que tenha equipamentos com tecnologia suficiente para isso.
Outro ponto que merece destaque é a imutabilidade dos dados na tecnologia blockchain, ou seja, depois de validado, não é possível alterá-lo nem fazer registros retroativos à data e hora dos documentos.
Por conta dessas características, a blockchain é uma tecnologia disruptiva, que desponta nos quesitos segurança e validação de dados. Para que fique mais claro, vamos dar um exemplo: alguma vez na vida você já vendeu um veículo e precisou ir até um cartório para reconhecer firma e fazer a transferência de propriedade? Com a blockchain isso não será mais necessário. Isso porque o comprador e o vendedor poderão firmar entre si um contrato, reconhecendo a compra e venda, que será validado por uma terceira pessoa – desconhecida, que pode estar em qualquer parte do mundo.
Como surgiu a blockchain?
Diferentemente do que muita gente acredita, a tecnologia blockchain não é tão recente assim. Pelo menos não em termos conceituais, já que foi mencionada pela primeira vez – ainda sem ter este nome – em 1991, por Stuart Haber e W. Scott Stornetta, que criaram um projeto de uma rede de blocos protegidos por criptografia que não permitia adulterações.
Mas foi somente em 2008, com a criação do Bitcoin, a primeira criptomoeda do mundo, que a blockchain ganhou visibilidade. Isso porque a tecnologia é a base para o funcionamento desse sistema financeiro que permite a compra e venda de ativos sem a interferência de um órgão centralizador, como é o caso do Banco Central.
Do Bitcoin aos contratos inteligentes
Com o passar do tempo, outros projetos foram se apropriando da tecnologia, como é o caso da Ethereum, que viabiliza a criação de contratos inteligentes, ou seja, sem a moderação de um órgão centralizador – como o exemplo do registro de compra e venda de automóveis, que citamos anteriormente.
E não para por aí: por conta de suas características, a blockchain promete inovar ainda em outros aspectos. Quer um exemplo? Imagine que você tem uma determinada quantia disponível para investimento, mas ela não é suficiente para comprar um imóvel inteiro. Desta forma, você compra o equivalente a 30% de um imóvel. O restante é dividido entre outros compradores (sim, podem ser mais de um), que podem ser, inclusive, desconhecidos. Depois, este apartamento é alugado e cada um recebe o valor proporcional à sua parcela de propriedade.
Blockchain para além das criptomoedas
Como você pode perceber, as aplicações da blockchain não se restringem às criptomoedas e ao setor financeiro e se estende para outros segmentos. Confira, a seguir, algumas das possibilidades.
Agronegócio
O agronegócio é uma das áreas em que a tecnologia blockchain se mostra bastante promissora, especialmente se combinada com outros recursos, como a Internet das Coisas (IoT) e a Inteligência Artificial.
Isso porque ela pode cumprir a importante função de atuar no rastreio de toda a produção agrícola, monitorando-a desde o campo até a comercialização, passando pelo transporte da carga, garantindo assim a certificação de todo o processo, aprimorando a segurança e evitando a adulteração ou mesmo o roubo da carga.
No agronegócio, a blockchain pode ser importante ainda para o controle de epidemias. No caso de alimentos contaminados, por exemplo, fica mais simples o reconhecimento da origem e a identificação dos pontos onde houve distribuição.
Saúde
Se depender da blockchain, aquele desencontro de informações na hora de visitar um médico nunca mais vai acontecer. Isso porque a tecnologia deve permitir a troca de informações entre diferentes lugares, como consultórios, hospitais, laboratórios e clínicas, com a criação de um histórico unificado, capaz de permitir ainda o cruzamento e análise de dados.
Outro exemplo é relativo à vacinação. Com a blockchain, mesmo que você perca sua carteirinha, o histórico de imunização deve estar disponível para acesso em qualquer parte do mundo.
Setor jurídico
A elaboração de contratos, atividade típica do setor jurídico, também deve colher grandes benefícios da tecnologia blockchain, uma vez que deve ganhar ainda mais segurança, agilidade e desburocratização em seus processos, reduzindo a quantidade de instâncias intermediárias para validação e qualificação das informações.
Além disso, a área jurídica também pode ser impactada pela blockchain com o surgimento de serviços especializados no registro de horas e data de expedição de documentos, que podem ser usados como prova para a justiça ou para a garantia de propriedade intelectual.
Setor público
Você sabia que está nos planos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) implementar o uso de blockchain em processos eleitorais? Um teste fictício, inclusive, já foi realizado nesse sentido. É que a segurança e a autenticidade descentralizada no registro de informações podem ser grandes aliadas na redução de fraudes em processos eleitorais.
Ainda na esfera pública, a blockchain pode ser utilizada para reduzir corrupções em pregões e processos de licitação, melhorar a representatividade, desburocratizar processos, promover a transparência de informações, entre outras possibilidades.
E esses são apenas alguns exemplos de aplicação de blockchain aos negócios. Quer entender melhor como a tecnologia pode ser aplicada para aprimorar os processos da sua empresa? Então, entre em contato com a Monitora! Somos uma empresa com know how em diversas tecnologias e segmentos. Atuamos na evolução digital do seu negócio!