Open banking: a tecnologia por trás da iniciativa

Open banking: a tecnologia por trás da iniciativa

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O open banking vai revolucionar o setor financeiro nos próximos anos. Mais do que uma previsão ou frase de efeito, a abertura desta matéria é um alerta para um novo mundo de possibilidades que deve se abrir para bancos tradicionais, fintechs e mesmo empresas de outros setores, como varejistas, empresas de telecomunicações, e-commerces e outros.

Porém, para explorar ao máximo as potencialidades deste modelo de negócios que começou a ser implementado no Brasil este ano, mais do que ser digital, é preciso estar na vanguarda nos quesitos inovação e tecnologia.

Confira, a seguir, tudo sobre open banking: o que é, como deve funcionar, quais são as potencialidades e como aproveitar as oportunidades que devem surgir.

Afinal, o que é open banking?

O conceito de open banking se apoia na ideia de banco aberto, como o próprio nome sugere, e tem como premissa o compartilhamento de dados pertencentes aos consumidores com o objetivo de integrar e personalizar serviços financeiros das instituições.

“Atualmente, uma instituição não ‘enxerga’ o relacionamento do cliente com outra, então, tem dificuldade de competir por ele com melhores serviços. Com o open banking, com a permissão de cada correntista, as instituições se conectam diretamente às plataformas de outras instituições participantes e acessam exatamente os dados autorizados pelos clientes. Todo esse processo é feito em um ambiente seguro e a permissão poderá ser cancelada pela pessoa sempre que ela quiser”, define a explicação disponibilizada na página oficial do Banco Central.

Na prática, vai funcionar assim: um cliente que tem conta no Itaú poderá investir na bolsa de valores pelo Banco Inter, contratar um seguro viagem pelo Bradesco, fazer um financiamento imobiliário pela Caixa Econômica Federal e gerenciar tudo isso pelo aplicativo do Nubank.

Essa integração deve permitir ao consumidor acesso a melhores ofertas de produtos e serviços, além de soluções mais rápidas, menos burocráticas e mais personalizadas.

O open banking já é realidade em outros países, como Estados Unidos, Canadá, México e Austrália, por exemplo. Aqui no Brasil, a implementação está prevista pelo Banco Central para ser realizada em quatro etapas: na primeira, que teve início em fevereiro de 2021, foram abertos dados de instituições participantes, de seus canais de atendimento e das soluções por elas oferecidas.

Na segunda etapa, que teve início em agosto, os clientes passaram a poder autorizar o compartilhamento de informações cadastrais, referentes a transações em contas bancárias, de cartão de crédito e também sobre produtos de crédito contratados.

Já na terceira, prevista para ter início no fim de outubro, inicia-se a possibilidade de realizar pagamentos fora do ambiente bancário e o compartilhamento de histórico financeiro para encaminhamento de proposta de operação de crédito.

Por fim, na quarta etapa, que está prevista para dezembro, poderão ser compartilhados outros dados, como informações de investimentos, câmbio, seguros, previdência, entre outros.

Open business

Disruptivo? Pode ser muito mais! Isso porque essa integração de dados entre as instituições pode se expandir para empresas de outros setores para além do financeiro, como as de telecomunicações, de varejo, de commodities, de energia, entre outras tantas.

Muitas empresas, aliás, estão preferindo usar o termo open business em vez de open banking, uma vez que as disrupções trazidas pela tecnologia devem tornar as fronteiras de cada modelo de negócio ainda mais difusas.

Os cenários são os mais variados possíveis: o primeiro deles é a possibilidade de empresas do setor financeiro, como bancos e fintechs, usarem dados de compras de clientes para oferecer opções personalizadas. 

Como exemplo, imagine que, com base no histórico de compras no cartão de crédito de um grupo de consumidores, a operadora descubra que existem compras frequentes de produtos relacionados ao universo pet. Então, por que não agregar ao seu portfólio uma parceria com empresas do setor para descontos ou cashback?

Outro cenário possível é que empresas de outros segmentos agreguem ao seu rol de produtos opções relacionadas ao universo financeiro. Como exemplo, podemos citar uma distribuidora de energia, que passa a ter a possibilidade de oferecer empréstimos aos clientes de sua base.

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O fato é que, com o open business, bancos e fintechs passam a ter a possibilidade de atuar como marketplace ou plataforma, como processador para outros distribuidores ou ainda como ‘fábrica’ de produtos. Ou tudo isso junto.

Em comum, teremos como pano de fundo um ambiente cada vez mais competitivo e um universo de novas possibilidades sob a marca da desagregação vertical.

Tecnologia por trás do negócio

Open banking ou open business, independentemente do nome, uma coisa é certa: a tecnologia é recurso indispensável para esse novo modelo de negócios, que é pautado, principalmente, pela hiperpersonalização da experiência do cliente.

Por isso, empresas que se prenderem em suas atuais plataformas de negócios rapidamente serão ultrapassadas. Reinventar a arquitetura de soluções e voltar seus esforços para a evolução de suas tecnologias é fundamental. API, cloud e cibersegurança são algumas das frentes indispensáveis. 

Entenda mais a importância de cada uma delas a seguir.

API 

As APIs (Application Programming Interface) – ou Interface de Programação de Aplicativos – em português, cumprem com o papel de estabelecer uma comunicação com softwares e integram a base do funcionamento do open banking.

Na prática, é por meio de APIs que se torna possível compartilhar dados entre diferentes instituições, permitindo, assim, que terceiros criem produtos e soluções em função delas.

Como benefícios, as APIs agregam à experiência do usuário mais agilidade e simplicidade, além de experiências mais personalizadas.

Um exemplo bastante conhecido do funcionamento das APIs na prática é o Google Maps. Ao compartilhar suas APIs a empresa permite que os usuários criem seus próprios mapas.

Cloud

Outro recurso indispensável à implementação do open banking são as clouds, nome dado ao armazenamento de dados em nuvens. 

Isso porque o novo modelo de negócios tem como premissa o compartilhamento de informações entre diferentes empresas, envolvendo dados não estruturados e com origem em fontes distintas. Assim sendo, as clouds são a solução que possibilita processar com velocidade um grande volume de informações.

E, mais que o processamento de dados não estruturados, são as clouds combinadas com outras tecnologias, como Inteligência Artificial, Machine Learning e Data Analytics, que permitem a análise e interpretação dos dados coletados, possibilitando a real utilização deles.

Cibersegurança

Clouds, APIs, compartilhamento de dados, Data Analytics, autorização do consumidor: dependendo da forma como for preparada, toda essa salada tecnológica pode ter um único sabor: vulnerabilidade – para as empresas e para os consumidores.

Prova é que um relatório da F5, empresa de cibersegurança corporativa, revelou que entre 2018 e 2020, o número de violações em sistemas open banking do Reino Unido, Austrália e Singapura aumentou em 55%.

Deste total, 56% das atividades criminosas se dedicaram ao roubo de credenciais, enquanto 11% invadiram as APIs para realizar ataques DDoS, em que os criminosos geram sobrecarga no serviço com a intenção de ‘derrubá-lo’.

Por isso, garantir a cibersegurança é requisito indispensável para as empresas que querem desfrutar dos benefícios do open banking. Plataformas WAF (Firewall para aplicações web), que combinam Inteligência Artificial e Machine Learning, são algumas das alternativas.

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