Cada vez mais, a gestão de empresas busca ser estratégica. Por esse motivo, tem sido comum que as organizações criem planos estratégicos específicos para a Tecnologia da Informação (TI), já que este é o setor capaz de apontar quais ferramentas podem ajudar a ampliar negócios em TI para CIOs.
A gestão estratégica em TI serve para guiar a tomada de decisão do Chief Information Officer (CIO, Diretor de Tecnologia) na hora de aprovar ou não a adoção de soluções tecnológicas. O CIO, aliás, tem conquistado espaço na mesa da alta administração, aquela que decide o que é melhor para a empresa como um todo.
Assim, cada vez mais, a TI deixa de ser espectadora para se tornar peça-chave nas organizações. E essa tendência deve se fortalecer mais, pois o Big Data, o Business Intelligence (BI) e a computação em nuvem estão impondo sua presença nos diferentes setores da empresa.
Investimento
A visão de que TI não é custo e sim investimento fica cada vez mais clara. A Pesquisa Anual do Uso de TI, 2016, da FGV-EAESP, reforça essa percepção ao indicar que cada 1% a mais no orçamento de TI amplia em 7% o lucro da companhia.
Esse retorno é significativo e faz muita diferença, principalmente em médio e longo prazo. E ele vem por meio de profissionais empenhados em adquirir conhecimento sobre pessoas e processos, bem como em ampliar sua visão de negócio.
O CIO deve, então, deixar de lado os aspectos da operação do departamento e usar parte do seu tempo para criar um planejamento estratégico de TI diretamente relacionado com os objetivos de negócio da organização. Afinal, ele é o responsável por fazer a inovação acontecer, bem como por motivar e impulsionar a equipe nessa direção.
Quando o planejamento de TI é bem elaborado e executado corretamente, os custos com tecnologia são reduzidos e o setor passa a ser visto como uma área estratégica. Na prática, significa que ele ganha importância e começa a ser reconhecido como preponderante para o sucesso da organização.
Dicas
Quanto mais tempo for dedicado ao entendimento do negócio, mais rápidos serão a evolução e o posicionamento da companhia à frente da concorrência. Preparamos algumas dicas para os CIOs que estão buscando pensar estrategicamente as inovações da empresa. Confira!
Planejamento
Somos hoje completamente dependentes de tecnologia e internet. Isso se torna claro quando uma aplicação sai do ar ou um link de internet fica indisponível: muitos processos críticos são afetados e isso pode acabar em enorme prejuízo. É fundamental, portanto, integrar a TI ao restante da empresa.
O CIO deve procurar assimilar as demandas das diferentes áreas e, com a lista de requisitos em mãos, estabelecer prioridades e incluí-las no planejamento estratégico. É essencial ter sempre em mente que o departamento de TI deve dar suporte às demais áreas da companhia.
Projeção realista
É fundamental demonstrar para a alta administração que os custos de TI são um investimento. Muitas vezes, isso é difícil: os preços são cotados em dólar, o ciclo de vida dos produtos é curto e as novidades são constantes. Para quem olha de fora, parecem gastos extravagantes.
Para aproximar os gestores da TI, é preciso demonstrar qual infraestrutura (dispositivos e ferramentas) será necessária ao longo do ano. Além disso, é importante oferecer alternativas — marcas mais acessíveis e software de código aberto, por exemplo — para que o esforço na redução de custos fique claro.
Objetivos
É importante ter objetivos claros para cada processo. Se a empresa tem pontos críticos, como perda de arquivos ou alto custo de servidor, por exemplo, o CIO precisa detalhar como pretende lidar com eles. São opções fazer backups periódicos ou migrar os dados para uma alternativa mais barata.
Disponibilidade do ambiente
Uma das preocupações constantes do CIO é que a TI garanta a disponibilidade do ambiente enquanto protege o fluxo de trabalho contra instabilidades de internet, ameaças (vírus ou hackers), roubos de servidores ou mesmo incidentes naturais (enchentes e incêndios).
Assim, a TI precisa controlar de perto os acordos de nível de serviço (Service Level Agreement, SLA) com as operadoras de telecomunicações, atualizar e monitorar constantemente as políticas de segurança de rede, ter um plano de recuperação e, ainda, garantir que o seguro proteja todo o parque de máquinas.
Equipe
A contratação de profissionais qualificados é uma das etapas mais importantes quando se estrutura uma equipe. É essencial ter um mapa das competências necessárias para que o departamento funcione de forma a oferecer o melhor serviço para os usuários.
Quando o CIO conhece as habilidades dos profissionais da equipe, fica mais fácil estabelecer quais capacidades já existem no grupo e quais precisam ser preenchidas. A partir daí, é possível trabalhar de forma a construir a equipe dos sonhos.
Tarefas
Um bom líder conhece a personalidade e os pontos fortes e fracos de cada integrante da equipe. Isso facilita a delegação de tarefas e ajuda a demonstrar confiança no trabalho dos profissionais e acompanhar, com feedback e orientações, os resultados de cada atividade.
Cronogramas definidos e metas claras ajudam a delegar com segurança para não deixar ninguém perdido no projeto. Esse envolvimento colabora com o amadurecimento da equipe, assim, o CIO não precisa fazer tudo, mas pode controlar o que e como é feito.
Ferramentas de controle
Quem ainda não tem segurança para distribuir tarefas, pode controlar o andamento do trabalho. Existem ferramentas de gerenciamento que podem ser coordenadas pelo gerente de TI e que oferecem uma visão macro do andamento das atividades para o CIO.
Terceirização
Atividades operacionais — que tomam muito tempo da equipe — podem ser delegadas a um parceiro: assim, tem-se disponibilidade garantida, atendimento especializado, monitoramento 24/7, interação com as operadoras de telecomunicações e consumo inteligente de dados. E com a vantagem de otimizar os recursos existentes e reduzir os custos do departamento, deixando a equipe livre para se envolver em projetos estratégicos.
Métricas
Todo projeto precisa de métricas para que seu resultado possa ser avaliado. Esses indicadores revelam, entre outros, o retorno sobre o investimento (ROI), o aumento da produtividade a partir da adoção de um novo software e a redução no custo fixo com o uso de uma nova tecnologia. Com métricas bem escolhidas, é possível saber se o trabalho está no caminho certo.
E então, já se sente apto a fazer a gestão estratégica em TI na sua empresa? Siga a gente nas redes sociais e fique sempre por dentro de novidades sobre esse tema. Estamos no Facebook e no LinkedIn.